Sussurros ao Luar: Um Romance Proibido na Riviera

Publicado em 20 de maio de 2025 por Nocturna

Sussurros ao Luar: Um Romance Proibido na Riviera
**Sussurros ao Luar: Um Romance Proibido na Riviera**

*Por Nocturna*

A Riviera Francesa, com seu brilho dourado e opulência despreocupada, era o cenário improvável para o florescer de um amor como o de Annelise e Jean-Luc. Ela, Annelise de Valois, herdeira de um império financeiro que se estendia por continentes, prometida desde o berço a um duque igualmente rico e entediante. Ele, Jean-Luc Moreau, um artista de rua cujas mãos calejadas criavam esculturas que faziam chorar de beleza.

**O Primeiro Encontro**

Foi durante o Festival de Cannes que seus mundos colidiram. Annelise havia escapado do sufocante jantar de gala no Carlton, seus sapatos de salto alto abandonados na areia enquanto caminhava pela praia sob a luz prateada da lua. O som de um violino melancólico a atraiu para longe das luzes da cidade, onde encontrou Jean-Luc tocando para as ondas.

"Você toca para o mar?" perguntou ela, sua voz quase perdida no sussurro das ondas.

Ele parou de tocar e a olhou - realmente a olhou - de uma forma que ninguém jamais havia feito. Não viu os diamantes em seu pescoço ou o vestido de alta costura, mas algo mais profundo, mais verdadeiro.

"O mar é o único público que nunca mente sobre o que sente," respondeu ele, um sorriso tocando os cantos de sua boca.

**Noites Secretas**

O que começou como encontros casuais na praia transformou-se em encontros secretos. Annelise inventava desculpas para escapar de seus compromissos sociais, trocando vestidos de grife por roupas simples para caminhar pelas ruas de pedra de Antibes com Jean-Luc.

Ele lhe mostrou um mundo que ela nunca havia conhecido - pequenos cafés onde artistas debatiam filosofia até o amanhecer, ateliês escondidos onde a criatividade florescia longe dos olhares julgadores da sociedade, mercados locais onde o aroma de lavanda e tomilho dançava no ar.

"Você já se perguntou como seria viver uma vida que fosse verdadeiramente sua?" perguntou Jean-Luc uma noite, enquanto observavam as estrelas do terraço de seu pequeno apartamento.

Annelise sentiu lágrimas queimarem seus olhos. "Todos os dias," sussurrou ela.

**A Escolha Impossível**

Mas os contos de fadas raramente sobrevivem à luz crua da realidade. O noivado de Annelise foi anunciado nos jornais, e sua família começou a suspeitar de suas ausências frequentes. Uma noite, seu pai a confrontou, suas palavras cortantes como lâminas.

"Você tem responsabilidades, Annelise. Para com a família, para com nosso nome, para com nosso legado."

"E quanto à minha felicidade?" ela perguntou, sua voz tremendo.

"A felicidade é um luxo que pessoas como nós não podem se dar ao luxo de perseguir."

**O Último Encontro**

Na última noite antes de seu retorno forçado a Paris, Annelise encontrou Jean-Luc na praia onde tudo havia começado. Ele estava tocando a mesma melodia melancólica, mas desta vez suas lágrimas se misturavam com o sal do mar.

"Eu tenho que partir," ela disse, as palavras saindo como vidro quebrado.

Ele parou de tocar e a puxou para seus braços. "Então vamos fazer desta noite uma que durará para sempre."

Eles dançaram na areia sob as estrelas, sussurrando promessas que sabiam que não poderiam cumprir, gravando cada toque, cada beijo, cada sussurro na memória.

**Epílogo**

Anos depois, Annelise, agora duquesa, às vezes escapava para a Riviera. Ela caminhava pela mesma praia, procurando por ecos de uma música que ainda tocava em seu coração. E às vezes, quando o vento estava certo, ela jurava que ainda podia ouvir o violino de Jean-Luc sussurrando ao luar, lembrando-a de que alguns amores são eternos, mesmo quando não podem ser vividos.